Qual o papel do Psicomotricista em creche e jardim-de-infância?

Qual o papel do Psicomotricista em creche e jardim-de-infância?
Ter um Psicomotricista na Creche ou Jardim-de-Infância é garantir que os bebés e crianças possam aprender e desenvolver as suas competências através do brincar. É garantir que lhes é proporcionado as brincadeiras certas e o ambiente adequado, de acordo com os seus estadios de desenvolvimento e com as competências em aquisição.

O Psicomotricista é um parceiro que anda de mãos dadas com as crianças, com as famílias e com a equipa educativa. Porque o Psicomotricista que faz um trabalho de Psicomotricidade Preventiva e Educativa sabe que os restantes adultos da vida da criança (as famílias e as educadoras) são agentes ativos no processo de ensino-aprendizagem e na promoção do desenvolvimento infantil.

O Psicomotricista é um real apoio para as equipas educativas, que ajuda a esclarecer as suas dúvidas sobre o desenvolvimento do bebé e da criança, e colabora na identificação de eventuais sinais de alerta.

O que é a Terra do Nunca?
A Terra do Nunca é um programa de aulas de estimulação psicomotora em creches e jardins-de-infância.
As aulas incluem atividades de Psicomotricidade, expressão musical, movimento criativo e relaxação, tudo numa só aula de 30 minutos.
Com base na metodologia Brincar, Aprender, Crescer, sempre com recurso a estratégias lúdicas e positivas, com atividades adequadas a cada faixa etária e respeitando o ritmo de cada criança.

Poema do Brincar

“Quando me virem a montar blocos, a construir casas, cidades…
… Não digam que estou só a brincar.
Porque a brincar estou a aprender, a aprender sobre o equilíbrio e as formas.
Um dia posso vir a ser Engenheiro ou Arquiteto.
Quando me virem coberto de tinta, ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro…
…Não digam que estou só a brincar.
Porque a brincar estou a aprender, a aprender sobre expressar-me e a criar.
Um dia posso vir a ser Artista ou Inventor.
Quando me virem sentado, a ler para uma plateia imaginária…
… Não digam que estou só a brincar.
Porque a brincar estou a aprender, a aprender a comunicar e a interpretar.
Um dia posso vir a ser Professora ou Atriz.
Quando me virem à procura de insetos no mato ou a encher os bolsos com bugigangas…
… Não digam que estou só a brincar.
Porque a brincar estou a aprender, a prender a prestar atenção e a explorar.
Um dia posso vir a ser Cientista.
Quando me virem a pular, a saltar, a correr e a movimentar-me…
… Não digam que estou só a brincar.
Porque a brincar estou a aprender, a aprender como funciona o meu corpo.
Um dia posso vir a ser Médico, Enfermeiro ou Atleta.
Quando me perguntarem o que fiz na escola, e eu disser que brinquei…
… Não me entendam mal.
Porque a brincar estou a aprender, a aprender a trabalhar com prazer e eficiência, estou a preparar-me para o futuro.
Hoje sou Criança e o meu trabalho é Brincar”

 

(Autor Desconhecido)

Comunicação com as crianças

No Colégio Quintinha da Fidalga consideramos que promover e desenvolver a autonomia e a responsabilidade das crianças é de extrema importância para o desenvolvimento das suas competências durante o processo de aprendizagem.
É importante criar nas crianças a consciência e o respeito pelos próprios e pelos outros, encarando o mundo que nos rodeia com um olhar crítico, assumindo igualdades e diferenças e tendo o sentido de participação ativa na sociedade. Assim, temos como princípio incentivar o diálogo e deixar a criança explorar livremente, e com orientação do adulto, dando espaço para que tenha um papel ativo no seu processo de aprendizagem promovendo, desta forma, a capacidade da criança inovar e tornar-se agente ativa na tomada de decisões e resolução de conflitos.
Consideramos que é da interação e da comunicação que resulta a educação que, no fundo, é um conjunto de estruturas sociais e culturais. É assim importante que toda a equipa educativa trabalhe em parceria com as famílias, de forma a promover um papel ativo da criança no seu processo de aprendizagem, dando igualdade de oportunidades a todas para que tenham sucesso! Neste sentido, quando comunicamos com as crianças devemos ter em consideração diferentes fatores, tais como: a expressão facial, a expressão corporal, o tom de voz e a linguagem.
A expressão facial deve estar totalmente de acordo com a emoção que pretendemos transmitir e devemos ter, sempre, um olhar atento e interessado.
Em relação à expressão corporal, em qualquer circunstância, a postura do adulto deve ser tranquila, evitando gestos bruscos e ameaçadores, promovendo assim o respeito e não o medo. Nas conversas com as crianças devemos colocar-nos ao mesmo nível do olhar destas, evitando uma postura autoritária e escutando ativamente a criança.
A linguagem deve ser clara, direta e adequada ao nível de desenvolvimento da criança em questão. Devemos evitar comparações com outras crianças, ironias e generalismos. O tom de voz deve ser calmo e suave, contudo em situações de indisciplina deve ser firme.
Em suma, quando comunicamos com as crianças devemos ser claros, assertivos, concretos, firmes e coerentes. A nossa expressão corporal deve sempre estar em consonância com a nossa expressão verbal e a nossa postura e linguagem devem evidenciar a emoção/mensagem que queremos transmitir!
Não nos devemos nunca esquecer que as crianças agem por imitação, sendo por isso o exemplo dado pelo adulto de extrema importância para que estas adotem uma postura adequada e se desenvolvam assentes em valores, tais como: respeito, solidariedade, tolerância, dignidade, igualdade e responsabilidade.
Autora: Educadora Marina Ferreira